O primeiro estudo relacionando as benzofenonas com riscos a saúde foi publicado em 1992. A pesquisa, intitulada "Poderiam os filtros solares aumentar o risco de melanoma?" relatou que os maiores riscos de melanoma ocorreram nas regiões onde o uso de filtro solar era mais prevalente. Embora se possa imaginar que isto se deva ao fato de que filtros solares são mais usados em regiões onde as pessoas se expõem mais à luz UV, o estudo mostra que a incidência de melanoma se relaciona fortemente ao uso de filtros solares, independentemente da exposição ao UV. Hoje, sabe-se que a classe é responsável por várias reações alérgicas ou dermatite de contato e alterações hormonais importantes, atuando como desregulador endócrino.

    Embora haja a necessidade das formulações com filtros UV serem projetadas para permanecer na superfície da pele sem qualquer permeação cutânea, foi recentemente comprovado que alguns filtros orgânicos sofrem absorção. A benzofenona-3 tem sido detectado em urina de humanos até 4 horas após a aplicação de produtos comercialmente disponíveis para proteção solar. 

     Segundo o Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, há provas suficientes que a benzofenona também é perigosa para os animais, onde ela pode resultar em câncer de fígado e linfomas, além de problemas cutâneos. Um estudo em ratos expostos a quantidades muito grandes de benzofenona-3, mostrou que esta e os seus metabólicos, dihidroximetoxibenzofenona (DHMB) e tri-hidroxi-benzofenona (THB), poderiam ter efeitos estrogênicos. No entanto, em concentrações de até 10%, a substância é permitida pela FDA (Food and Drug Administration) e, no Brasil, pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), já que, nessas quantidades, ela não oferece riscos.